Não pretendo polemizar a respeito do assunto. Como diz o ditado, não se discute política, religião e futebol, pois cada um tem a sua preferência.
Só acho que tenho direito de ser diferente da maioria. Alguém já disse que toda unanimidade é burra! (desculpe a dureza do termo).
Não sou homem de partido, não sou igualmente seguidor de qualquer corrente ideológica, nem de um político específico. Sou um eleitor, digamos, sui generis; a cada campanha eleitoral, decido após olhar a floresta, sim, mas procuro ver também as árvores em particular -- aqui vai mais um ditado: o diabo está nos detalhes.
Na minha avaliação, o que está havendo é um grande equívoco. O povo está anestesiado, entorpecido. Ninguém consegue raciocinar direito. A única justificativa que se apresenta para elogiar o atual governo é o setor econômico, esquecendo-se das demais áreas, como saúde, educação, segurança.
A propaganda maciça substituiu, desde o início, o espetáculo do crescimento pelo crescimento do espetáculo, o que impressiona principalmente pessoas de baixa condição intelectual, respingando, de modo lamentável, naquelas mais esclarecidas, formadas, viajadas, as quais se esquecem de examinar, ponto por ponto, a gama de atividades que compõem um governo.
Elementos do primeiro escalão do governo, denunciados à Justiça por crimes diversos, inclusive compra de consciência de parlamentares, estão ativos nos bastidores, dando as cartas no momento eleitoral – Zé Dirceu, Palocci e outros mais.
A corrupção foi banalizada no país, a ponto de o Presidente Lula dizer, em defesa do mensalão, “e todo mundo não faz?”.
Outra frase lapidar, que está sendo usada largamente no meio político, é “eu não sabia”. Todo mundo sabe que nada se passa no âmbito do governo sem que Lula permita. Logo, a alegação de desconhecimento de qualquer fato não é concebível.
A escolha da candidata Dilma foi gerada unilateralmente na cabeça do Presidente, que a impôs, goela abaixo, ao PT e aos partidos de sua base de sustentação. Houve dissensões e toda sorte de esperneios, mas acabou valendo a vontade ditatorial do Lula.
O que vai acontecer com o Brasil após a vitória da Dilma? Um governo igual ao de Lula, capitaneado por um xerife com mão de ferro, à sombra do atual presidente, que lhe transferiu os votos, barrando toda e qualquer iniciativa de exame de atos referente ao período anterior.
E depois? Mais 8 anos de Lula Lá, tendo como correligionários aqueles políticos que, no passado, quando o PT primava pela ética, José Sarney, Jader Barbalho, Romero Jucá, Fernando Collor, eram chamados, pela esquerda raivosa, de ladrões, corruptos, bandidos e tudos mais.
Amigo Dalton, não me queira mal, mas, diante desse meu entendimento sincero, não posso votar nos candidatos do PT e, pela mesma razão, naqueles dos partidos coligados.
Um grande abraço,
Jayme Freire
www.jaymefreire.com.br
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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